Epicuro e a filosofia da felicidade
Epicuro é considerado uma figura importante na história da ciência e na filosofia. Ele argumentou que devemos apenas relacionar crenças à evidências e lógicas empíricas, e propôs a visão científica do atomismo, segundo a qual todos os fatos no mundo macroscópico são causados pela configuração de átomos ou elementos indivisíveis no mundo microscópico. Na ética, ele é famoso por propor a teoria do hedonismo, que sustenta que o prazer é o único valor intrínseco. Como veremos, no entanto, sua visão de prazer está longe de ser estereotipada. Para Epicuro, a vida mais agradável é aquela em que nos abstemos de desejos desnecessários e alcançamos uma tranquilidade interior (ataraxia), contentes com coisas simples e escolhendo o prazer da conversa filosófica com os amigos em vez da busca por prazeres físicos, comida, bebida e sexo.
Um pouco de contexto
Imagine, se você conseguir, um jardim exuberante, cheio de frutas e legumes frescos. Diversas pessoas passam de um lado para o outro ao longo dos caminhos, parando de vez em quando para se envolver em uma conversa agradável sobre ciência, filosofia e arte. Em um canto, um menestrel toca acordes harmoniosos em sua lira. Em outro, há uma discussão sobre o livre arbítrio: o professor explica que não há razão para temer os deuses e que os seres humanos têm total liberdade para escolher seu próprio caminho na vida e obter a felicidade no aqui e agora. Um vento frio sopra enquanto se respira o ar do mar mediterrâneo em meio à beleza da natureza e à comunhão de amigos e familiares. Se você imaginou tudo isso, imaginou o "jardim de prazer" de Epicuro, um lugar onde ele e seus alunos se reuniriam na busca para alcançar a vida mais agradável possível neste mundo.
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