Como Parar de Ser Escravo das Opiniões Alheias
"Muitas pessoas nunca conseguem, nem mesmo por um instante, libertar-se das restrições impostas por aqueles ao seu redor, tampouco conseguem desprezar a sua aprovação. Desde o momento em que começam a compreender os sorrisos e as carrancas de seus pais, elas precisam da aprovação constante de todos, até mesmo de estranhos... Essas pessoas medem todo o seu valor pelo que os outros pensam delas."
A maioria de nós se preocupa excessivamente com o que os outros pensam de nós. Valorizamos demais a aprovação social e possuímos um medo irracional de desaprovação, crítica e rejeição. Em vez de trilhar um caminho na vida que esteja alinhado com nossos talentos, forças e desejos, nos conformamos com os desejos e expectativas dos outros. Alguns dentre nós chegam a permitir que nossas aspirações mais profundas sucumbam, justamente pelo receio do julgamento que poderíamos enfrentar ao lutar por elas.
Nesta reflexão, investigaremos estratégias para mitigar o anseio exacerbado por aceitação social e para vencer o medo, muitas vezes paralisante, de rejeição por parte de nossa coletividade.
"Nunca desejei satisfazer a multidão; pois o que eu sei, eles não aprovam, e o que eles aprovam, eu não sei."
— Epicuro, citado em Sêneca, Epístolas
Uma iniciativa pertinente ao desenvolvimento de uma visão mais equilibrada em relação às opiniões alheias é ponderar sobre a índole das pessoas cujo consentimento almejamos. São esses indivíduos verdadeiramente dignos de nosso apreço e consideração? Eles exibem sinais de crescimento ou evidenciam estagnação? Portam mentes valentes, autônomas e curiosas, capazes de perscrutar a verdade e de conceber e declarar suas próprias concepções? Ou são meros conformistas acovardados, que acatam e propagam de forma indiscernível aquilo que lhes é transmitido pela mídia convencional, celebridades, figuras públicas das redes sociais e políticos? Se um indivíduo não nos provoca admiração, qual a razão de nos preocuparmos em causar uma impressão nele com nosso estilo de vida?
"Por que você se alegra com o elogio daqueles que você mesmo não pode elogiar?"
— Sêneca, Epístolas
Ou como escreveu Arthur Schopenhauer:
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